sexta-feira, 4 de junho de 2010

Festas...


Se você leu todos os textos até aqui, já deve saber que não gosto de festas. Acho que há no mínimo, muito marketing em torno das mesmas. Essa forma de entretenimento parece ser quase que uma unanimidade na sociedade. Não importa o seu estilo, sua cultura, sempre haverá uma festa específica para você. Que no final das contas é igual as outras, só mudando o estilo de musica e de moda das pessoas, de acordo com o tipo que escolher. Vou aqui fazer uso desse espaço e explicar os fatores que me levam a considerar festas como, no mínimo, lugares de auto-degradação.

Ah, neste post não tenho a menor intenção de ser engraçado, apenas de colocar alguns pontos que acho relevantes a respeito. Se você lê o que posto aqui por que acha meu senso de humor doente "engraçado", sinto em desapontá-lo. Talvez você dê algumas risadinhas, pois não consigo evitar em fazer algumas piadas, mas essa não é a premissa deste texto. Este é um texto que tem a pretensão de ser um argumento sério. Algo com certeza raro da minha parte. Então, deixe me citá-los as razões por não gostar de festas:

->Primeiramente, eu não danço. Não tenho malemolência suficiente. Coloco a responsabilidade desse defeito em minha herança germânica. Os alemães não são exatamente o povo mais gingado do mundo. Alguém aqui se lembra de um cantor ou dançarino alemão? No máximo lembraremos de alguns filósofos, Hitler e Schumacher. Nenhum deles conhecido por seu molejo. Talvez Hitler tenha balançado alguns esqueletos, mas só.

-> Segundo, eu não bebo. E aqui vale uma contestação: qual é a graça que pessoas enxergam em ficarem bêbadas? Sinceramente, não acho interessante eu fazer coisas como dançar o chá-chá-chá seminu em cima de uma mesa, acordar do lado de uma mulher cujo rosto parece o de um cão da raça pug, ou ainda confessar todas aquelas coisas que você certamente não diria se estivesse são, como por exemplo o seu afeto por um colega de trabalho.

->Terceiro, não gosto de aglomeração de pessoas. Ou por acaso alguém aqui gosta de ficar espremido entre centenas de pessoas, a maioria cheirando mal, só para ver um show, ou ficar na "pista de dança". Sem falar que os itens 1 e 2 aumentam a sua humilhação se acompanhados do terceiro.

Ah, claro que você pode alegar que em uma festa há a "caça", a "curtição", entre outras coisas. Mas a mim não parece que um lugar onde existe muita gente junta, bebendo, dançando e suando seja o melhor lugar para se conhecer alguém. Ou também o fato de que todos querem se aliviar da carga semanal. Mas como dançar freneticamente, vomitar e ficar durante horas espremido entre centenas ou milhares de pessoas é uma forma de livrar-se do stress? Pode também me dizer, como aliás já vi muita gente dizendo: "Ah, eu não danço", "Eu também não fico bêbada", "Eu fico só no meu canto", ou ainda "Não vou pra ficar com ninguém". Para que você vai em uma festa então? Essas são as únicas razões de se ir à uma festa. Se há outra, me avisem porque não descobri.

Enfim, encerro este longo e sofrível desabafo com uma última constatação: festas só são o que são por causa de seu status na sociedade. Pois não há mais nada que explique a preferência por elas em razão de outras formas de entretenimento. E também gostaria de frisar que não sou contra pessoas que dançam, bebem, ou se aglomeram. Não tenho absolutamente nada contra a dança, e apenas acho que beber ou se juntar com muitas pessoas em pouco espaço não é uma boa forma de passar o tempo.

Se alguém me explicar o porquê de festas serem tão divertidas, ficarei eternamente grato.

Um comentário:

  1. Caro amigo, e futuro jornalista, as festas fazem parte de um contexto na qual ou nos divertimos, ou dançamos no sentido bem direto da palavra. Mas, assim como outras coisas que temos que aguentar, ou tirar prazer, faz parte da vida... o importante é transformar um limão em uma limonada, ou seja, se a festa esta ruim, transforme ela em uma boa gandaia... e curta... só isso... Um abraço amigo...

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