domingo, 11 de julho de 2010

A verdade por trás da final da Copa

Acaba de se encerrar mais uma Copa do Mundo. Na final, dois times tinham uma sina a quebrar, a de nunca terem sido campeões. Esta sina foi quebrada pela Espanha. O jogo foi marcado pelo nervosismo e visível medo dos jogadores de ambos os times. Ninguém conseguia aproveitar as oportunidades que apareciam. No fim, Iniesta conseguiu vencer o medo e entrar para a história da sua nação. Nada mais justo do que um dos craques do time fazer o gol do título. Imagine só alguém como o Capdevilla sendo endeusado nas ruas de Sevilla, Madrid, Barcelona, Mallorca? Não, isso não podia acontecer. Melhor ter sido o Iniesta.

Dito isto, abro aqui a minha torcida. Eu torci ferrenhamente para a Holanda. Gosto muito dos seus jogadores e o futebol que desde épocas passadas encanta, com jogadores como Cruyff, Van Basten, Neeskens, Gullit e Bergkamp. Então, como um dos apoiadores da Laranja Mecânica, direi aqui o porque da Holanda ter perdido. E acredito que muitos irão ficar surpresos, dado o equilíbrio do jogo e principalmente dada a minha explicação.

Os holandeses não perderam por causa da Jabulani. Não perderam por causa da arbitragem, embora esta tenha sido outra vez tão ruim como uma orquestra de vuvuzelas. Não, este jogo foi decidido em um patamar superior. E foi decidido muito antes do jogo. Muito antes de o juiz apitar. Dias antes. Como um jogo tão equilibrado pode ter sido decidido tanto tempo antes assim, você deve estar se perguntando.

Este jogo foi decidido no fator exotérico. Em forças superiores, nas forças do além.

Não, não estou falando do Pastor Metralhadora(em caso de você não o conhecer, favor procurar no Youtube com urgência).
Estou falando dos dois principais símbolos místicos da Copa do Mundo: o Polvo Paul e Mick Jagger. Sim, os símbolos sacerdotes da Copa. Polvo Paul, a visão da glória, e Mick Jagger, o espectro da tragédia. Mas como esses dois poderiam ter decidido uma Copa? A explicação é muitos simples e cristalina como as águas do Guaíba. Ok, não do Guaíba, mas foram as águas mais limpas que me vieram à mente, as outras que eu pensei foram o Golfo do México(a.k.a Mar Morto II), e o Tietê(a.k.a MNM, o Maior Nescau do Mundo).

Enfim, continuando. Dias antes da Copa, o Polvo Paul(sim ,Polvo Paul) em toda a Sua onipresença, profetizou que a Espanha se consagraria campeã. Ao mesmo tempo que o Polvo deu o seu veredito, Mick Jagger, o Vodu Inglês, não foi ao estádio para apoiar sua seleção favorita, a Espanha. Será que ele foi proibido de comparecer ao palco da final, ou simplesmente sumiu? Seja qual for a razão, o fato é que isso gerou um desequilíbrio terrível nas forças místicas. Assim, a Espanha não sofreu o contraponto exotérico à previsão do Polvo, e acabou inevitavelmente vencendo a partida. A disputa foi sofrida apenas pelo fato de Mick Jagger com certeza estar com uma camisa da Espanha na hora do jogo, mas seus poderes foram diminuídos pela sua ausência no estádio.

A Holanda foi injustiçada. Se Mick Jagger estivesse presente, tudo seria diferente. E
m uma Copa de tamanho equilíbrio técnico entre os times, o desequilíbrio místico foi o que decidiu.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Malandragem européia


Eu sou um cara de sorte. Nunca, em meus 17 anos de vida, fui assaltado aqui no Brasil. Eu não sei o porque, talvez eu passe a impressão de uma pessoa miserável. O fato é que nunca sequer tentaram me assaltar aqui no "país tropical, abençoado por Deus, e lindo por natureza, que beleza", como diria Jorge Ben Jor. Mas já fiz uma viagem para fora do país. Já fui à Europa. "Hummm, que chique", você deve estar pensando. Aqui paro para uma pergunta: porque diabos tudo que vem de fora do Brasil é chique? Aposto que se eu comprasse, digamos, um fertilizante do Uruguai, ele seria mais valorizado do que um brasileiro. Mas no final é tudo a mesma merda.

Enfim, continuando com a história. Em um país onde a violência é constante, nunca fui assaltado. Mas na Inglaterra, onde praticamente não existe violência, tentaram me assaltar. Vou contar como foi. A minha irmã morava lá há alguns anos atrás. Eu e os meus pais fomos visitá-la, e fazer uma viagem que serviria de experiência de vida. Eu, até então, com 12 anos, um garoto inocente e juvenil, nunca tinha sido exposto à violência que tanto se fala na minha pátria-mãe.

Estávamos passeando pelas ruas de Londres. Minha irmã tinha ido trabalhar e nos deixado para aproveitar as ruas. Eu agia de tradutor dos meus pais, que mostravam fascínio pela nova experiência. Eu, não menos fascinado, ia explicando para eles as coisas que os vendedores nos diziam. E claro, os vendedores se desiludiam. Pois eu falava para eles expressões típicas do brasileiro, como "não não, estamos apenas olhando, obrigado." Eles logo que ouviam isso ficavam tão desgostosos quanto algum torcedor que vê o Mick Jagger com a camisa de sua seleção.

Depois de um tempo, nossa irmã voltou. E então decidimos voltar para a casa dela. Enquanto subíamos no ônibus, eis que um sujeito maltrapilho pretende subir junto e começa a puxar a bolsa da minha irmã. Ela, assustada, grita com o homem. O diálogo que se estendeu foi o seguinte:

-Are you trying to steal my purse?(Você está tentando roubar a minha bolsa?)

-Yes.(tradução desnecessária)

Tá aí um ladrão honesto, europeu é outra cultura. Meu pai então esbravejou:

-Tu é um estúpido?

Obviamente o sujeito não entendeu e achou que meu pai estava xingando ele, e tinha toda a razão. Então, a minha mãe me empurrou para dentro do ônibus, o meu pai deu um soco na nuca do ladrão inglês, e nós subimos. O motorista, ao invés de fechar logo as portas e partir, ficou ainda mais um tempo ali. Meu pai teve que dar um "pedalaço nos peito" do trombadinha quando este tentou subir novamente, para que enfim ele saísse do estado vegetativo onde provavelmente se encontrava fechasse a porta para podermos sair dali.

Depois disso, descemos em uma parada perto da casa da minha irmã e fomos caminhando. Meus pais e ela foram conversando e rindo, eu estava reflexivo. Então assim era a malandragem das ruas. Eu, jovem que sou, só havia falado nas televisões brasileiras. E pensar que seria na Inglaterra que eu iria presenciar a primeira tentativa de assalto da minha vida. Que ironia, não é mesmo?
Um inglês que me mostrou o jeitinho brasileiro.

Hoje em dia, se me perguntarem como foi a minha experiência no Velho Continente, eu diria que foi algo maravilhoso e único. Mas faria uma ressalva. Há de se tomar cuidado com a malandragem européia. Os caras são barra pesada.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Malditas vuvuzelas


Estamos com a Copa do Mundo em andamento. Milhares de olhares voltados para a África do Sul. A festa das nações. Insira qualquer outro clichê de sua preferência aqui, mas o fato é esse: a Copa do Mundo atrai a atenção de todos. E obviamente um evento como a Copa acaba lançando modas. Modas nem sempre muito legais. Nem sempre as mais desejáveis. Mas o principal modismo desta copa é o mais irritante possível. São as inconvenientes, irritantes, desprezíveis, esdrúxulas, malditas vuvuzelas. Sim, cinco adjetivos para expressar o meu ódio por estas cornetas plásticas do inferno.

Nas ruas, pessoas sopram essas cornetas vivamente sem parar, achando certamente que estão produzindo um som agradável. Não entendo como alguém pode gostar do som produzido por esta imitação de instrumento musical. Um som que se assemelha a um enxame de abelhas não pode ser classificado como música. Entretanto, as pessoas continuam tocando vuvuzela, cientes do barulho insuportável que causam.

Porque não são as modas boas as que pegam? Porque não vejo por aí decotes à la Larissa Riquelme? Porque não encontro a Larissa Riquelme na rua? Não, nada de Larissa, somente vuvuzela. Até compreendo não ver mais camisas da Seleção pelas ruas entre outros adereços, pois todos sabemos que quando acaba a Copa do Mundo, acaba também o patriotismo. Mas então porque as vuvuzelas continuam? Será a vuvuzela a nova sensação musical de gosto duvidoso? Será que teremos o "Funk da Vuvuzela" em um futuro próximo?

Uma coisa é certa. É como um amigo meu me disse certa vez. Vuvuzela é que nem punheta, só gosta quem toca.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Porque eu não bebo




Se você acompanha meu blog desde o começo, já deve saber que eu não bebo. Não bebo, não fumo e não uso drogas. O fato de eu náo fumar e não usar drogas está ligado a uma questão de saúde. O de não beber também. Mas nem tanto. Há algumas razões provenientes do meu passado que explicam o que levou à minha escolha. Traumas tão profundos que certamente contribuiram para que eu tomasse a decisão de nunca mais levar uma gota etílica à boca. Irei contá-los aqui as histórias que me fizeram abandonar o consumo alcoólico.

Eu já fiquei bêbado uma vez na minha vida. Apenas uma. E essa experiência foi uma das mais tristes da minha existência. Eu era apenas um garoto, tinha perto dos 9 anos de idade. Época em que eu era fanático por desenhos animados. Tínhamos TV a cabo aqui em casa e eu sempre passava as tardes vendo os seriados japoneses que mais tarde seriam a base de todo o meu conhecimento sobre as leis da vida.

Um dia, fui tomar um gole d'água. Peguei a garrafa, servi-me em um copo grande e entornei o copo de uma vez só. Só depois fui descobrir que o que havia naquela garrafa não era água. Era cachaça mesmo. Eu entornei em um gole o equivalente a cinco martelinhos de cana. Não preciso nem dizer que fiquei bêbado. O que segue agora é um relato da minha mãe, pois óbviamente não me lembro de nada. Contou-me ela que logo após eu entrar no meu "eu etílico" Dirigi-me até o quarto, liguei a televisão com muito custo e fui olhar meus canais de desenhos, deitado na cama. E dormi o dia todo. Quando acordei, todos já haviam acabado. Inclusive o último episódio de Super Campeões, que eu havia esperado a semana toda para ver. Chorei como um eliminado do Big Brother. No meu primeiro e único contato com a bebida, ela arruina meus sonhos infantis.

Porém, a outra história, e a mais crucial de todas começa com o meu ancestral mais próximo, o meu pai. Meu pai é um bebedor inveterado, amante dos destilados. Meu pai bebia. Agora não bebe mais tanto por causa da diabetes. Mas meu pai bebia muito. E algumas vezes, ficava bêbado. Meu pai é um sujeito na maioria das vezes sério, mas com um talento de soltar comentários engraçados nos momentos mais oportunos. Porém, quando bebe, sua personalidade se transforma. Vira uma pessoa alegre, descontraída. E principalmente, muito inconveniente.

Tão inconveniente que, uma vez, em uma festa comemorando o aniversário de um amigo, meu pai exagerou na bebida. E exagerou. E exagerou mais um pouco. Eu, pequeno aos meus 7 anos, estava lá dentro da casa desse amigo dos meus pais, brincando com os meus primos, quando decidimos sair para pedir para nossas mães um suco ou alguma coisa, pois estávamos com sede. O que vimos a seguir foi um espetáculo do caos. Todos os adultos da casa estavam completamente loucos. Mas meu pai chamava a atenção. No meio do círculo de bêbados ele se destacava. Meu pai, gordo, em cima de uma mesa. O som que tocava era a Macarena. Sério, a Macarena. E ele dançava a Macarena. Em cima da mesa. E quando eu cheguei para perto dele, e perguntei "Pai, porque tu tá fazendo isso?" ele me respondeu algo que eu nunca vou esquecer:

-É que o pai tá bêbado, meu filho.

Sim, ele disse exatamente estas palavras. "O pai tá bêbado, meu filho."
Ele certamente se esqueceu do que proferiu, mas eu carrego isso comigo até hoje. Esta única frase me causou três traumas. O primeiro foi imediato. Eu não sabia na época o que era "estar bêbado", então era óbvio que assim que vi meu sério pai dançando uma Macarena em cima da cadeira eu não queria nem saber o que era, só queria evitar que acontecesse comigo o que vi naquele dia. Após aquele incidente, eu tinha medo de ficar bêbado de uma hora para a outra.

O segundo trauma foi tardio. Foi quando eu aprendi o que era "estar bêbado", e no que isso implicava. Quando descobri que as bebidas alcoólicas causavam o estado alterado, eu passei a ter medo de comerciais de cerveja. Quando eu via uma garrafa de Kaizer, ou Skol, ou qualquer outra marca de cerveja, eu saía correndo da sala. Um medo somente comparado ao que eu sentia quando o Enéas aparecia no horário político.

O terceiro foi recente. Quando eu passei a conhecer o "universo dos bêbados", eu entendi algumas coisas.
Entre elas, o fato de que um bêbado nunca admite que está bêbado, e se sente ultrajado quando o chamam de bêbado. E isso é um fato. Nenhum deles nunca admitiu. Apenas o meu pai. E apenas naquele dia também, porque em outros dias em que ficou bêbado, nunca mais admitiu estar em estado etílico. Então, por que que naquela vez enquanto eu era novo ele resolveu "revelar" para mim que estava bêbado? Por que ele admitiu? Como eu poderia provar ao mundo que eu havia visto um bêbado admitir que estava bêbado? Este ciclo infinito me causou o trauma mais profundo de todos. A partir daquele dia, decidi que não iria beber.

Não quero que meus filhos um dia me vejam dançando em cima da mesa de jantar, e quando perguntarem o porquê de eu estar fazendo tamanha bizarrice, eu responder com o mais puro dos sorrisos:

-
É que o pai tá bêbado, meu filho.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Poemas...

Os poemas, realmente
São muito fáceis de se fazer
Basta que digas o que sente,
Se souber bem o que dizer.

Se não souberes bem o que dizer
Não é necessário tristeza
Basta que exaltes algo
De extrema beleza

Ora, poemas são tão somente
Canções sem o som
Mas, tirando os instrumentos e a voz de gente
O que mais sobra de bom?

Rimar não é assim tão difícil
Difícil é colocar sentido
E já que nos poemas sentido nem sempre é visível
Só resta o som rimado no meu ouvido.

Ora, alguns nem mesmo rima levam
Eu me pergunto: "Qual é a diversão?"
Porque perderia tempo com isso
Se ouvir uma música tem muito mais emoção?

Poemas são superestimados
Até eu, bruto, os faço.
Só preciso de um tema qualquer
E, naturalmente, os meus braços.

Encerro este poema
Assim provando que qualquer um pode o fazer
É só ter um assunto
E saber como dizer.

Sim, repeti o primeiro verso
Não por me faltarem ideias
Me falta é vergonha na cara
De criticar uma das minhas plateias.

Muito bem, já estou me alongando
Por isso, vou aqui encerrar
Espero ter provado o meu ponto
Se não, vá se catar.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Festas...


Se você leu todos os textos até aqui, já deve saber que não gosto de festas. Acho que há no mínimo, muito marketing em torno das mesmas. Essa forma de entretenimento parece ser quase que uma unanimidade na sociedade. Não importa o seu estilo, sua cultura, sempre haverá uma festa específica para você. Que no final das contas é igual as outras, só mudando o estilo de musica e de moda das pessoas, de acordo com o tipo que escolher. Vou aqui fazer uso desse espaço e explicar os fatores que me levam a considerar festas como, no mínimo, lugares de auto-degradação.

Ah, neste post não tenho a menor intenção de ser engraçado, apenas de colocar alguns pontos que acho relevantes a respeito. Se você lê o que posto aqui por que acha meu senso de humor doente "engraçado", sinto em desapontá-lo. Talvez você dê algumas risadinhas, pois não consigo evitar em fazer algumas piadas, mas essa não é a premissa deste texto. Este é um texto que tem a pretensão de ser um argumento sério. Algo com certeza raro da minha parte. Então, deixe me citá-los as razões por não gostar de festas:

->Primeiramente, eu não danço. Não tenho malemolência suficiente. Coloco a responsabilidade desse defeito em minha herança germânica. Os alemães não são exatamente o povo mais gingado do mundo. Alguém aqui se lembra de um cantor ou dançarino alemão? No máximo lembraremos de alguns filósofos, Hitler e Schumacher. Nenhum deles conhecido por seu molejo. Talvez Hitler tenha balançado alguns esqueletos, mas só.

-> Segundo, eu não bebo. E aqui vale uma contestação: qual é a graça que pessoas enxergam em ficarem bêbadas? Sinceramente, não acho interessante eu fazer coisas como dançar o chá-chá-chá seminu em cima de uma mesa, acordar do lado de uma mulher cujo rosto parece o de um cão da raça pug, ou ainda confessar todas aquelas coisas que você certamente não diria se estivesse são, como por exemplo o seu afeto por um colega de trabalho.

->Terceiro, não gosto de aglomeração de pessoas. Ou por acaso alguém aqui gosta de ficar espremido entre centenas de pessoas, a maioria cheirando mal, só para ver um show, ou ficar na "pista de dança". Sem falar que os itens 1 e 2 aumentam a sua humilhação se acompanhados do terceiro.

Ah, claro que você pode alegar que em uma festa há a "caça", a "curtição", entre outras coisas. Mas a mim não parece que um lugar onde existe muita gente junta, bebendo, dançando e suando seja o melhor lugar para se conhecer alguém. Ou também o fato de que todos querem se aliviar da carga semanal. Mas como dançar freneticamente, vomitar e ficar durante horas espremido entre centenas ou milhares de pessoas é uma forma de livrar-se do stress? Pode também me dizer, como aliás já vi muita gente dizendo: "Ah, eu não danço", "Eu também não fico bêbada", "Eu fico só no meu canto", ou ainda "Não vou pra ficar com ninguém". Para que você vai em uma festa então? Essas são as únicas razões de se ir à uma festa. Se há outra, me avisem porque não descobri.

Enfim, encerro este longo e sofrível desabafo com uma última constatação: festas só são o que são por causa de seu status na sociedade. Pois não há mais nada que explique a preferência por elas em razão de outras formas de entretenimento. E também gostaria de frisar que não sou contra pessoas que dançam, bebem, ou se aglomeram. Não tenho absolutamente nada contra a dança, e apenas acho que beber ou se juntar com muitas pessoas em pouco espaço não é uma boa forma de passar o tempo.

Se alguém me explicar o porquê de festas serem tão divertidas, ficarei eternamente grato.

sábado, 29 de maio de 2010

Pode cuspir!


Hoje fiz uma visita ao dentista, para fazer uma limpeza nos dentes. Atenção: o que contarei a seguir contém elementos do mais puro horror, portanto estejam preparados e de estômago forte. De preferência não comam ou tomem nada enquanto enquanto estiverem lendo o que aqui foi digitado. Pois bem. Fui ao dentista para fazer uma limpeza. Chegando lá, tive de esperar cerca de 20 minutos, entediado, desejando que minha vez chegasse rápido. Ah, se pelo menos soubesse o que estava para acontecer, saberia o quão alegre era aquele tédio. A dentista que faria o processo se chama Anne Jaeger. Minha parente, talvez? Não sei, os Jaeger são inúmeros, espalhados por todo o Rio Grande do Sul. Mas isso é assunto para outro momento.

Enfim, depois dos 20 alegres minutos de tédio na sala de espera, com direito à TV mal sintonizada na Globo, entrei no consultório. Aqui paro para fazer uma constatação: se você quer saber onde exatamente se meteu, verifique como a Globo está sintonizada no local.
Se não estiver pegando direito a imagem, você está em um lugar ruim, onde pessoas normais não deveriam estar. Continuando a história, ao deitar-me no que chamo de "Divã da Dor", fui cumprimentado pelo noivo da dentista em questão. Seu nome é Alex, e eles formam um casal de dentistas.

Um casal de dentistas multiplica um dos principais problemas enfrentados por uma pessoa quando esta se encontra em um dentista.
O fato de que, embora o dentista esteja pedindo para você manter sua boca aberta e imóvel, ele tenta estabelecer um diálogo com você. E mais do que estabelcer um diálogo, dentistas pedem suas opiniões no assunto, como se pudéssemos externar nossas vozes através de apenas esforço mental. Ou talvez pensem que somos todos ventríloquos. O certo é que isso faz parte do mundo absurdo em que vivemos quando estamos dentro daquela sala.

E então, começa o procedimento de limpeza, e eu redescubro o que sempre soube:
dentistas são sádicos. Eles sentem prazer na dor. Tanto em ver alguém com dor, quanto em sentir dor. Às vezes tenho a impressão de que eles são apenas torturadores frustrados. Mas como existe algo que certamente abominam, chamado "Direitos Humanos", eles não podem exercer a profissão que seria a ideal para eles, e por isso fazem essa escolha de serem dentistas, sobre o pretexto de estarem ajudando pessoas com seus problemas dentais.

Mas não é isso que querem. Querem é ver a dor, causar dor, sentir dor. E ainda sentem um prazer sádico de nos mandarem: "Pode cuspir!",
só para que vejamos o nosso sangue indo por aquela pia, enquanto fatiam nossas gengivas. Quando nos encaminhávamos para o fim dos procedimentos, Anne, a Açougueira (que não tenho mais dúvidas de que não se trata de uma parente, pois parentes não submeteriam sangue irmão a esse tipo de tortura), visivelmente triste com o término do seu divertimento, começa a me contar sobre a época em que seu noivo Alex usava aparelho ortodôntico. Conta que ele, ao ver que a sua gengiva estava subindo ao ponto de ele não conseguir escovar a parte de baixo dos dentes, algo comum com usuários de aparelho, mandou um colega arrancar parte da gengiva dele com um bisturí. Eu não preciso dizer mais nada sobre isso, só uma mente doentia cortaria um pedaço da sua carne deliberadamente.

Ao sair do consultório, vi que mais duas pessoas esperavam. Anne, a Açougueira sorriu como uma criança cruel que frita formigas com a ajuda de uma lupa. Me falou que provavelmente eu teria que fazer outra limpeza assim que tirasse o aparelho, para que pudesse retirar os resíduos que ficaram e que ela não conseguiu tirar. Certamente não retornarei nunca, nunca, nunca mais ao seu "Divã da Dor", Anne.
Ela então, me deu um abraço de despedida, e nesse momento me senti como uma prostituta. Pois prostitutas que são abusadas e se despedem com um sorriso. A diferença é que prostitutas são pagas pelo abuso, e eu paguei para ser abusado. Me senti pior que uma prostituta, então.

Enquanto saía aliviado, ela chamava mais um paciente.
Coitado, eu pensei, mais um ser humano que passa pelas mãos de um dentista, essa classe de sadomasoquistas.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Um aniversário frustrado


Nessa minha curta vida até então, já tive alguns aniversários, uns especiais por sua emoção, outros pelo dia em si. Nunca fui um cara dado a festas, devido à minha natureza tímida com as pessoas em geral. Porém, algumas vezes tive festas de aniversário memoráveis por seus pequenos momentos alegres. Teve uma porém, que teve uma nota especialmente frustrante.

Sabe aquelas festinhas de aniversário com bolos, guaranás e tal? Detesto-as.
Detesto-as com todas as partículas do meu ser. Não vou entrar em mais detalhes, apenas saber que as detesto já basta para que você tenha uma compreensão das minhas ideias neste texto. Então, chega a época do meu aniversário de 11 anos e eu me vejo diante de um ultimato imposto pela minha mãe. "Ou tu faz uma festa ou um jogo de futebol, porque eu não tenho foto nenhuma dos teus aniversários!" disse mamãe. Eu não gostava(e ainda não gosto) de tirar fotografias, mas também não interessa o porque. Pelo menos não nesse texto. Mas, já que tinha que escolher entre esses dois, resolvi optar, claro, pela partida de futebol.

Decidimos que ia ser no Clube Parque das Águas, pois éramos sócios na época e o campinho de futebol ali era de graça para nós. Campinho pequeno, mas ajeitadinho, sem bancadas, mas sem buracos, enfim, um campinho qualquer. Conseguimos reunir dois times de 11 e lá fomos nós, jogar. Eu obviamente era um dos capitães dos times, sendo o aniversariante. Meio de campo, estilo cérebro do time, saca? Capaz de dar lançamentos geniais, mas meio preguiçoso na marcação, até pelo meu porte físico.

Ok ok, eu confesso. Eu não sou um bom jogador de futebol. Quer dizer, não atualmente. Aos 6 anos de idade, eu era um gênio, um prodígio, muitos diziam que minhas habilidades eram grandes e eu tinha imenso futuro. Mas meu progresso estagnou. Hoje, jogo futebol tão bem quanto jogava aos meus 6 anos. Muita gente desapontou-se comigo. Talvez se eu tivesse aprimorado minhas habilidades, eu fosse hoje um Paulo Henrique Ganso. Mas a preguiça, sempre ela, estagnou meu processo de evolução futebolística.

Enfim, continuando. O jogo começou, como era de se esperar de dois times compostos de garotos de 9 a 13 anos, extremamente agitado, sem organização tática, pois garotos de 9 a 13 anos não querem saber de organização, querem é pegar a bola e correr com ela e fazer gols. Eu, jogando na meia, buscava o meu gol.

Talvez um chute de fora da área á la Rivelino, ou uma cobrança de falta á la Zico. Ou até mesmo um golzinho chorado á la Obina, qualquer coisa servia. Porém, o jogo descorria e, até o intervalo, eu não tinha feito o meu gol. Já começava a ficar triste, enquanto tomávamos água, comíamos alguns sanduíches feitos pelas mães do pessoal que estava jogando. O jogo estava 4 a 2 para o meu time, até aí tudo bem. Só que faltava o meu gol, o meu momento de aniversariante, o que faria tudo realmente especial.

Então, eis que chega para o segundo tempo o meu grande amigo desde os tempos de primeiro grau, o Wagner.
Wagner, conhecido hoje como Fino, Wagulha, ou até mesmo Abel, dada a sua semelhança com um famoso mendigo aqui da cidade de Viamão.
Atacante virtuoso, de chute forte, boa estatura e grande velocidade.
Wagner entrou para o outro time, pois o atacante deles tinha resolvido parar de jogar para se aproveitar das piscinas do Clube. Vai entender.

Enfim, começa o segundo tempo e Wagner está demais, aproveitando-se do cansaço dos demais e já sai fazendo um gol. 4 a 3. Mas Wagner queria mais. Wagner queria estragar meu aniversário por completo, arruinar meus sonhos de garoto, minhas esperanças infantis. E assim o fez. Fez mais dois gols. 4 a 5, ele estava imparável. Nos aproximávamos do fim do jogo e, além de estarmos perdendo, eu não tinha feito o meu gol. Então, comecei a pedir a bola desesperado, e o tempo passava, os segundos se íam, e o meu sonhado gol de redenção não saía.

Foi quando sobrou uma bola na entrada da área, nos acréscimos. Eu, cheio de ganas de fazer o gol, parti para aquela bola e, como se ela fosse um detestável poodle, chutei-a com todas as minhas forças. O desgraçado do goleiro espalmou para fora. Escanteio, última chance. Eu fui cobrar o escanteio, tentaria fazer um gol olímpico. Eu estava determinado. Nada iria me impedir de fazê-lo, tinha certeza. Parti para a bola e mandei-a com efeito. Ela foi indo, indo, ia entrar e... bateu na trave. Bateu na maldita, desgraçada, infeliz, inútil, ridícula, e dispensável trave. O meu tio, que era o árbitro da partida, trilou o apito. 5 a 4. 5 a 4 e um coração destroçado. O meu time havia perdido, e eu não tinha feito meu gol. Minha mãe conseguiu o que queria, tirou algumas fotos mas nenhuma lembrando do meu gol ou da vitória do meu time. Eu estava desolado.

A partir daquele dia, nunca mais fiz festas de aniversário.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Dependência...

Eu não existo, não sou nada, sem eletricidade. Cada vez que falta luz aqui em casa, meu corpo se acomete em terríveis espasmos de desespero. "O que farei agora?", me pergunto, em visível estado de insanidade devido à falta de luz. Isso mostra como somos dependentes de energia elétrica diariamente, a cada instante. Enquanto vocês pessoas normais provavelmente não devem sofer da mesma angústia que sofro, provavelmente também devem ficar, no mínimo, entediados. "Droga, justo hoje que a novela ia pegar fogo..." as donas de casa, e eventuais homens mais afeminados devem pensar.

Sim, porque a luz falta nos momentos mais inoportunos possíveis. Quando se pergunta o porquê desse apagão às comapanhias de energia elétrica, eles dizem: "Ah, senhor, é que o tempo está muito ruim, não podemos fazer nada a respeito." Então quer dizer que o tempo espera até a hora do jogo? Não creio, meu amigo.

Enfim, todo esse desabafo aparentemente inútil, na realidade é inútil mesmo. O que eu quis dizer, desde o começo quando pensei em escrever esse post, é que há que se pensar em maneiras de se evitar a falta de luz em excesso.
Não deveríamos ter que esperar a chuva passar para olharmos televisão, ou usar o computador, pois afinal, essas são as primeiras alternativas para quando está chovendo, não é mesmo?

É claro que esse não é um problema geral das grandes capitais. Mas agora quem não vive em uma capital está fadado à escuridão? A ter que ler um livro que já leu cerca de várias vezes, com a ajuda de uma lanterna, ou a ter que escutar rádio no aparelho de pilha, ou no carro, se tiver?

Ora, alguém poderia me dizer agora: "Você só está pensando em entretenimento, isso não é nada, imagina quem passa fome..." e todas aquelas baboseiras.
Calma lá, não estou dizendo que gente passando fome é besteira, e sim você me dizendo isso. O fato é que todo ser humano precisa de entretenimento. Precisa de algo que distraia do aluguel atrasado. Algo que o faça esquecer por um momento da montanha de trabalhos para entregar. Ou por acaso a sua vida é apenas comer, trabalhar e dormir?

É, talvez meus amigos tenham razão, eu devia mesmo começar a beber.

domingo, 16 de maio de 2010

Ode ou ódio aos domingos?

Domingo é o dia do sagrado descanso. Quando nos reunimos em família, almoçamos juntos, depois passamos a tarde dedicando todo o nosso tempo exclusivamente ao ócio. Eu detesto domingos por uma simples razão: tédio. Domingos me entediam, me deixam sem vontade de fazer nada, pois ao mesmo tempo que temos tédio, não temos vontade de fazer coisa alguma, e esse é o maior problema e mistério em relação aos domingos.

Você deve estar se perguntando então, porque eu coloquei no título acima a palavra "ode", se estou apenas expressando minha frustração em relação aos meus dias dominicais? Outra simples razão: os domingos são necessários. O tédio é necessário. "Mas como assim, o tédio é necessário?" Você deve estar se perguntando denovo. Está com dúvidas em relação ao que escrevo aqui? Que bom, isso quer dizer que você vai ler até o fim, e isso me deixa muito feliz.

Mas porque o tédio é necessário no domingo? Porque, assim como ele te permite descansar, passar o dia entediado faz com que você anseie pela passagem do dia, pela volta da semana, para voltar ao trabalho, ao estudo, ou qualquer que seja a sua ocupação semanal. Faz com que, além de descansar, você olhe com boa expectativa a próxima semana. Pois nada pode ser pior que esse chato dia em que você não fez absolutamente nada de agradável, certo?

Por isso eu digo, um salve aos domingos! Pois, mesmo sendo entediantes em um nivel descomunal, são necessários para que prossigamos as nossas vidas com uma expectativa um pouco melhor. Ao menos, é claro, que você não goste da sua ocupação. No seu caso, não há salvação, meu amigo.

sábado, 15 de maio de 2010

O vizinho





Quem nunca teve aquele vizinho chato que, quando você era pequeno, não devolvia a bola de futebol, ameaçava furá-la, arranjava briga com todo mundo e outras mais? Eu certamente tive, e ainda tenho. O nome dele é... Bom, não vale a pena revelar o nome dele, pois ninguém o conhece pelo nome. Ele, aqui na vizinhança, é conhecido por, não um, mas dois apelidos, utilizados com igual frequência. Portanto, eu não estaria sendo fiel à história se eu não mencionasse os dois apelidos aqui. Ei-los então. Chama-se Bigode, ou Cadela.
Bigode, obviamente por causa de seu farfalhudo pedaço de cabelo acima da boca. Cadela, por causa de sua afeição pelas fêmeas da espécie canina. Ou talvez por sua esposa parecer um buldogue, dado o tamanho descomunal de suas bochechas. Ou ainda, dado o fato de o sujeito, assim como uma cadela, latir, latir, e no fim, murchar as orelhas quando enfrenta um cachorro maior do que ele. Não sei ao certo o motivo.
Sei que é o Cadela, ou o Bigode. E por isso, perdoem-me, mas vou contar a história usando os dois nomes.

Ah, me lembro do primeiro dia em que falei com o Cadela. Era uma noite de domingo, e eu, aos meus tenros 9 anos, estava em uma reunião de família, porém, como nunca gostei muito de festividades, ficava sentado no sofá sozinho enquanto meus parentes festejavam o que quer que estivessem festejando, não me lembro no momento o que seria. Então eu avistei um casal parado na frente do portão da nossa casa.
Era o tal do vizinho novo, o Bigode, que estava ali parado com sua esposa de formas arredondadas e bochechas grandes e murchas. Eles estavam ali porque tinham um pedido a fazer. É que tinham recém se mudado, e não havia água na sua residência. Então pediam se, por favor, poderíamos nós emprestá-los um balde d'água, para que pudessem dar banho nos filhos.

Claro, foi o que minha mãe disse.
Ninguém iria, nem deveria se negar a dar água a outra pessoa. Então, demos o balde d'água, eles agradeceram e saíram felizes. Minha mãe retornou às festividades, e eu retornei ao sofá onde outrora estava.

Uma semana depois, estávamos eu e meus amigos, crianças despreocupadas, jogando bola na frente da minha casa. A disputa era ferrenha e eu, tomado pela emoção da partida, desferi um potente chute, o mais potente que algum garoto de 9 anos poderia desferir, ou talvez devido à emoção, ainda mais potente do que um mero menino pode fazer.
E acertou em cheio os lábios do Cadela, que estava ali na frente com uma enxada, fazendo o que quer que alguem faz com uma enxada em frente à sua casa. Ele me olhou com uma expressão de verdadeira maldade, um olhar de psicopata prestes a esquartejar sua vítima, fazê-la em pedacinhos bem pequeninos para depois adcioná-la à sopa, deve ser muito parecido. Eu, em verdadeiro terror, pedi mil desculpas, e disse que não voltaria a acontecer denovo, e me retirei do seu pátio, bola em mãos.

O chute não fora proposital, é óbvio. Para que eu iria chutar uma bola tão forte na cara de alguém propositalmente? Mas o Bigode achou que assim tinha sido, eu acho. Pois logo após este fato, passou a tomar uma medida muito ranzinza, a de não devolver mais as bolas que caíam em sua morada.
Daí para frente, ele e o resto da vizinhança, toda composta por parentes e amigos meus e dos meus pais, tiveram várias discussões, brigas, e até casos de polícia. Mas estas são histórias para outros momentos.

O fato é que acabei nutrindo verdadeiro ódio pelo sujeito, o primeiro sujeito e um dos únicos três que eu realmente odeio. O segundo é o seu filho. O terceiro é o Gilberto Barros. O fato de eu estar escrevendo isto aqui é que corre à boca pequena aqui na vizinhança que o Cadela estaria recebendo uma ação de despejo. Não me surpreende. À moda Seu Madruga, ele nunca pagava os alugéis corretamente. Portanto, encaro isso como uma despedida à esse sujeito, que tanto atazanou a vida de tantas pessoas, e que certamente vai atazanar a vida de tantas outras, pois o Bigode tem um fetiche por arrumar confusões, já as arrumava em outros lugares. Mas uma coisa é certa.

Aquela bola que chutei em sua face bigoduda é a de que mais me orgulho hoje.

Ônibus, um desespero...



Pegar um ônibus lotado é algo que supera o que um ser humano pode suportar. Eu sou ateu, mas se existe algum inferno, deve ser muito parecido com isto. Nada pior do que estar espremido entre aquela mulher gorda, cujos quadris tem o diâmetro de um bambolê, e um senhor que com toda certeza vomitará em algum ponto da viagem, e só não se sabe exatamente em quem.

Vamos começar pelos gordos. Eu sou a favor de que gordos paguem passagens mais caras.
Ou que tenham ônibus só para eles, onde cada assento duplo seja transformado em uma espécie de sofá. Só assim poderemos restaurar nosso sentimento de dignidade em um ônibus, ao ter certeza de que não seremos cruelmente encochados. Pois se pagarem passagens mais caras para encochar alguém, ao menos nos sentiremos valorizados, pois estão pagando mais caro por isso, então pelo menos não nos sentiremos baratos.

Outra coisa, deveriam distribuir sacos de vômito nos automóveis que transitam as cidades. Não precisa ser para todos os passageiros, apenas para os que entram já com "cara de vômito". Assim, ao menos a sua bolsa, mochila e/ou roupas não serão atingidas por uma porção de espagueti.

Para encerrar, preciso falar sobre aquelas pessoas que desconhecem a invenção do fone de ouvido.
Sim aqueles que colocam suas músicas de gosto duvidoso a todo volume no celular, decerto imaginando que estão melhorando o ambiente. Com o balanço do ônibus praticamente ficamos todos rebolando ao som do funk do infeliz de celular na mão, normalmente um pré-adolescente, cujo senso do ridículo está em uma taxa próxima do zero absoluto.

Sim, aguentamos lotação, gordos, vomitadores e "DJ's", tudo isso sob um calor insuportável somente para podermos chegar em nossas casas. Se quisermos ter qualquer dignidade, precisamos pagar mais caro em um ônibus seletivo, taxi, ou ter um carro, e assim pagar um absurdo preço de combustível.

Termino aqui meu desabafo. Me vou, agora, pegar um ônibus para voltar da faculdade para casa. Desejem-me sorte. Aliás, sorte, em se tratando de ônibus, é conseguir um lugar logo ao entrar. Até mais.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O começo de tudo...

Olá, bem vindos ao meu blog! Meu nome é Guilherme Jaeger, tenho 17 anos, e a pobre pretensão de um dia ser um bom escritor, por isso encaro esse blog como uma maneira de "aperfeiçoamento". Aqui, escreverei tudo o que seja fruto de minha imaginação doentia, bem como poderei escrever algo sugerido por outra mente doentia. Isso claro, partindo da ideia de que alguém vá ler este blog, o que acho improvável, porém vou fazer o possível para que pelo menos uma pessoa leia isso aqui.
Então para começar o blog, sendo o bom esquizofrênico que sou, trago um conceito inovador, para que vocês possam conhecer um pouco mais sobre quem vai pensar e postar aqui. Apresento a minha "Auto-Entrevista".
PS: Assim que tiver paciência, melhorarei o layout do blog. Por enquanto vai ficar assim mesmo.

Olá Guilherme, tudo bom?
-Beleza mano, é nóis.

O que fazes da vida?
-Sou estudante de jornalismo, pensador, gênio, filósofo, e quando sobra um tempo, modesto.

Quanto mede?
-25 centímetros, ops, quer dizer, 1 metro e 66 centimetros.

O que gostaria de ser quando crescer?
-Você é burro por acaso? Já não falei que sou estudante de jornalismo? O que você acha que eu quero ser, um saltimbanco? Cada um que me aparece hein...

Desculpe, desculpe...
-Ok, mas só porque gostei de você.

Obrigado. Continuando... Quais são seus gostos?
-Depende do tempero.

Algum sonho?
-De creme de leite, por favor.

Quando você vai parar de fazer piadas sem graça?
-Quando eu quiser, esse é meu blog, não é? Tá bom, tá bom, eu vou responder sério a partir de agora.

Até que um dia, eu não vim até aqui para nada. Seguindo: um lugar?
-Alegrete.

Onde fica?
-Não me perguntes.

Um ídolo?
-Lewis Black.

Um hobby?
-Sam, o Frodo é meio afeminadinho demais pro meu gosto.

Hobby, não hobbit.
-Ah tá. Ler, sem dúvida.

Algo que marcou sua infância?
-Telettubies, e isso deve ser a razão da minha demência.

Um seriado?
-The Simpsons, ou em português, Os Simpsons.

Um filme?
-The Godfather, ou em portugês, O Padrinho.

Aqui no Brasil não é "O Poderoso Chefão"?
-Ah é, me esqueci. Traduções de merda essas que fazem nos títulos dos filmes, nunca quer dizer o que realmente é.

Você é virgem?
-Não, Sagitário, se bem que não acredito muito em signos.

Religião?
-Não obrigado, fica pra você.

Então não acredita em Jesus Cristo?
-Você espera que eu ache que um cara que está pregado vai conseguir me proteger do mal?

Ok, ok. Você não acha que está se queimando com quem tem uma religião?
-Acho. Mas não dá para agradar a todos não é?

Hum... Você vai acabar não tendo nenhum leitor se nós continuarmos... É melhor eu parar por aqui.
-Ok, você que sabe.

Um último recado para quem(ainda)está lendo essa auto-entrevista?
-Sim sim. E esse é sério. Espero que gostem do que escreverei aqui. Se não gostarem, por favor tomem um pouco do seu tempo, que deve ser muito para estarem lendo isso, e sugiram coisas, não dói. Eu prometo. Não, é sério, não dói mesmo. Tá, pode doer um pouquinho, mas já vai passar. Quando casar sara.

Muito obrigado pela entrevista. Muita sorte pra você.
-Obrigado, pra você também.